Vila Tamandaré

Vila Tamandaré é uma localidade do Recife, porém não reconhecida como bairro na divisão geopolítica da cidade.

A Comunidade deve ter sido fundada entre os anos 1968 e 1969 e foi projetada por uma Cooperativa Habitacional APSE (ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DOS SERVIDORES DO ESTADO), para beneficiar funcionários do Estado de Pernambuco, Ipsep (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco), bancários e Militares. Com o decorrer dos anos, várias pessoas desistiram de suas casas e as foram repassando. As casas foram entregues todas sem muros, com jardins e as ruas tinham postes no meio. Com o passar do tempo, por causa da violência, os moradores começaram a levantar seus muros e retirar os postes das ruas para que os carros pudessem passar - pois antes os moradores guardavam seus carros na praça onde atualmente fica o terminal de ônibus Vila Tamandaré, sob a guarda de um vigilante. As casas foram projetadas para serem sem muros, os carros não chegavam em casas; os postes eram no meio das ruas com uma boa iluminação.

No início, não existia comércio, os moradores tinham que buscar os materiais fora, em outros bairros; o transporte era precário, e vinham de outros bairros com entrada no bairro. Quando não, os moradores tinham que andar até Santa Luzia. As ruas não eram pavimentadas, dificultando com isso a entrada de ônibus. As linhas de ônibus que entravam na Vila Tamandaré eram provenientes do bairro do Ipsep (as linhas Vila do Ipsep e Vila Cardeal e Silva). Quando teve início a construção do Condomínio Ignez Andreazza - na entrega dos prédios muitos moradores não vieram tomar posse dos seus imóveis, pois não tinha infra-estrutura ( transporte, comércio, segurança , limpeza, etc.) como também na sua entrega pelo fato do conjunto ser muito grande dava a impressão de ser um lugar deserto porque a quantidade de pessoas que vieram tomar posse dos seus imóveis era pequena.

 

 

Saneamento Básico

As casas foram projetadas inicialmente com fossas (trêsem cada casa), pois o saneamento básico só foi iniciado muitos anos depois, sendo feita a ligação com a rede pública. A distribuição da água era feita a partir de um poço artesiano, que lançava suas águas em uma grande caixa d'água, fornecida para os moradores. Depois a Compesa reclamou o direito de distribuição da água e instalou os hidrômetros individuais e desativou a água do poço. O abastecimento de água era feito através de poço artesiano. Quando, mais tarde, a Compesa, com interesse na comunidade, condenou o poço, colocou hidrômetro individual para cada casa. Não existia coleta de lixo; o lixo era depositado em um terreno baldio, onde hoje se localiza a Capela Santo Antonio (implantada com o esforço de uma moradora, que com muita luta conseguiu erguer a Capela).

 

Economia e Centro de Compras

Após alguns anos, iniciou-se a construção do conjunto habitacional Ignez Andreazza (que tem uma população maior do que uma pequena cidade e é considerado o maior conjunto residencial da América Latina) e colaborou para que Vila Tamandaré tivesse uma estrutura maior. Com isso, iniciou a expansão comercial: as casas da R. Ernesto Nazareth logo se transformaram em lojas comerciais tais como farmácias, salão de cabeleireiro, açougue, padaria, lojas de miudezas, bares, mercadinhos, academias, transportadora, oficinas mecânicas... conforme matéria Comércio fervilha na vizinhança , publicada no Diario de Pernambuco, de 02/11/2008 (para saber como chegar nessa rua e consequentemente no bairro, acessar o site apontador de ruas ou no Google Maps. Para saber mais sobre a comunidade, acessar a Agenda Cultural do Recife, na matéria Meu bairro... Moro Aqui. Com a concretização dessas necessidades, a comunidade de Vila Tamandaré se transformaria num exemplo, onde muitos gostariam de morar, as casas foram sendo reformadas, cada uma mais bonita que as outras e, com isso, seu valor comercial subiu muito. Com a chegada de um grande rede do Wal-Mart conhecida como Hiper Bompreço a comunidade ficou muito valorizada. Para saber mais sobre a comunidade, veja a matéria Meu Bairro, da Agenda Cultural do Recife.

 

 

Transporte

Quando as ruas foram pavimentadas, foi criada a linha Vila Tamandaré, para beneficiar tanto os moradores da Vila quanto os do Condomínio, até os demais bairros que ficam em volta, (veja no link o roteiro e informações sobre a linha Vila Tamandaré). O transporte passou a ser feito com uma linha de ônibus própria (Vila Tamandaré); as casas foram sendo reformadas, cada uma mais bonita que as outras e, com isso, seu valor comercial subiu muito. Existe na Câmara de Vereadores uma proposta de criação e implantação de uma linha Vila Tamandaré com retorno em Casa Amarela, com itinerário que atende – passa em frente ou próximo - aos principais hospitais da capital (Pan de Areias, Hospital da Restauração, Hospital Unimed, Núcleo de Medicina Especializada, Hospital Santa Joana, Hospital memorial São José, NEOH Memorial Núcleo Especializado em Oncologia e Hematologia, Hospital Jaime da Fonte, Hospital São Marcos, Hospital de Fraturas, SOS Mão Recife Ltda., Hospital infantil Maria Lucinda, Casa de Saúde Santa Clara, Clínica Tomé Dias, Real Hospital Português, Hope Esperança Complexo Hospitalar,Centro Hospitalar Albert Sabin, Hospital de Queimados de Recife, Hospital Agamenom Magalhães, Hospital Correia Picanço, Hospital de Pediatria Maria Cravo Gama, Unicordis, Hospital do Ipsep, Hospital D'Ávila).

 

 

Lutas e Conquistas

A associação comunitária, com a ajuda dos moradores, conseguiu vários benefícios para a comunidade: retirada dos postes do meio da rua, postos de saúde (PSF – Posto de Saúde da Família), Escola Municipal Miguel Arraes, praças,campos... Existia também os festejos de São João, muito divertido, que chegou a ter 30 dias de festa, realizada pelos moradores, feita com a arrecadação de fundos junto a empresas, com eventos como bingos, rifas,etc.

Entre os benefícios conseguidos também está a Escola Miguel Arraes e o PSF - Posto de Saúde da Família, muito útil para os moradores locais. Apesar de todas essas transformações Vila Tamandaré ainda tem muitas necessidades como saneamento básico, posto policial, praças com boa estrutura para crianças, quadra poliesportiva, mais segurança, mais iluminação. Outras necessidades e carências está em mais linhas de ônibus. Existe um Projeto tramitando na Câmara de Vereadores há muito tempo para construção de uma ponte ligando o bairro de Vila Tamandaré com o bairro da Imbiribeira, projeto esse que se for realizado, além de melhorar o trânsito na Av. Recife/ São Miguel, irá fazer com que o bairro de Afogados fique mais perto da Vila Tamandaré, bem como irá movimentar ainda o comércio do bairro, trazendo crescimento e aumentando a oferta de emprego,com isso a valorização e desenvolvimento.

 

Lendas e Causos

Antes do Condomínio Residencial Ignez Andreazza existia um imenso areial o que fazia os moradores da Vila Tamandaré vigiarem durante toda noite em regime de duas em duas horas. O dito areial foi refúgio de vários bandidos entre eles o lendário "Biu do Olho Verde", que roubava e depois se escondia no areial. Há aproximadamente 10 anos aconteceu um caso, uma briga com duração de 24 horas, com o início em uma confusão entre moradores da Vila Tamandaré e um motorista de caminhão.

Entorno

Com alguns terrenos desocupados, vieram a surgir algumas ocupações ao derredor de Vila Tamandaré, como as comunidades do Iraque, Miguel Arraes, Chico Xavier, Berinha, Areias, Jiquia, Estância e outros. Após esses acontecimentos, a comunidade vem sofrendo com vários problemas, sobretudo de segurança.

Localização

A comunidade fica localizada na Região Político-Administrativa 05 do município de Recife. Está situada oficialmente no bairro de Areias, mas o sentimento de pertença dos moradores é com o bairro da Estância. Tem proximidade com a Av. Recife e com o Rio Tejipió (inclusive com fazendas de camarão instaladas neste) e seu manguezal.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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